terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Semana de Arte Moderna apresentou modificações consideráveis na literatura modernista; foi uma verdadeira revolução literária que estabelecia uma liberdade absoluta na arte. Um dos grandes objetivos deste evento foi situar a literatura brasileira na modernidade contemporânea. Isso só foi possível após um contato com as técnicas literárias e visões de mundo da vanguarda européia, provenientes do futurismo, do dadaísmo, do expressionismo e do surrealismo.

Principais características:

  • Rompimento com as estruturas do passado; contra os padrões clássicos e a tradição
  • Definições de posições bem determinadas e próprias.
  • Caráter anárquico e destruidor; irreverência contra o pré-estabelecido.
  • Nacionalismo; consciência nacional.
  • Pesquisa através da volta às origens.
  • Tentativa de criar uma língua brasileira; a língua do povo; linguagem coloquial, do dia-a-dia; regionalismo.
  • Valorização do índio autêntico brasileiro.
  • Liberdade formal; versos livres; ausência de rima; liberação do ritmo; liberdade de estrofação.
  • Sem enfeites e rebuscamento; a simplicidade.
  • Preocupação com a observação e análise crítica da realidade.

Por : Sofia Lisboa.

3 comentários:

  1. EssaNSemana em si não foi uma coisa de grande importância para eles na época, mas foi o tempo que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século. Por causa da falta de um ideário comum a todos os seus participantes, ela desdobrou-se em diversos movimentos diferentes, todos eles declarando levar adiante a sua herança.

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  2. Vários fatos contribuiram para a Semana de Arte Moderna. Em 1912, Oswald de Andrade chega da Europa influenciado pelo Manifesto futurista de Marinetti, funda o irreverente jornal O Pirralho e, em suas páginas, critica a pintura nacional. O pintor russo Lasar Segall, em 1913, desembarca em São Paulo com um estilo não acadêmico, inovador e de cunho expressionista. Annita Malfatti, em 1914, após mostrar seus trabalhos ligados aos impressionistas alemães, decide estudar nos Estados Unidos. Em 1917 - ano de grande agitação político-social, greves e tumultos marcando as lutas do operariado paulista -, inaugura-se a nova exposição de Anita Malfatti, impiedosamente criticada por Monteiro Lobato no artigo Paranóia ou mistificação. Menotti del Picchia publica Juca mulato, um canto de despedida à era agrária diante da urbanização nascente. Em 1920, Oswald de Andrade diz que, no ano do centenário da independência, os intelectuais deveriam fazer ver que "a independência não é somente política, é acima de tudo independência mental e moral".

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  3. A intenção dos organizadores e dos artistas que participaram do evento, era realmente quebrar as amarras com o classicismo ensinado nas escolas de Belas Artes e com os padrões europeus. Queria-se uma arte brasileira, inovadora e sem os controles nem amarras do tradicional e do estrangeiro. Esse é um sentimento constante em todos os grupos humanos, as vezes com emoções mais fortes, outras vezes de forma mais sutil, mas sempre existente. O que fez aquela semana então distinguir-se.

    http://www.cyberartes.com.br/indexFramed.asp?pagina=indexAprenda.asp&edicao=25

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